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Dedos rasgando vidros...
Ficaste assim
nas minhas imagens de ti;
produzindo emoções de dor,
medo e repulsa,
como um aperto no peito,
um arrepio a percorrer a espinha,
uma contração no rosto e no ventre.
Volte sobre teus passos,
mostre teu rosto
através de um puro cristal,
mostre teu ser verdadeiro.
Tire teu rosto detrás desses vidros
que distorcem,
tua imagem não é essa
que aumentaste,
tua imagem não é essa
que diminuíste.
Toma e trata as minhas mãos feridas
de rasgar esses vidros
que obscurecem a visão.
Trata da tua imagem.
Não venhas com um beijo
para minha boca,
basta que me toques a face,
e afastes esse fantasma
de olhos de vidro,
tua imagem, que me persegue