Refletindo, sobre a oportunidade de se libertar de um Carma, de que o Arcano XII, "O Pendurado" nos avisa, às vezes, como nessa poesia que escrevi, basta deixar ir uma situação, sem mais apego, sabendo que o Tempo a curará, resolvida está a situação dentro de nosso peito, mesmo que no momento ainda haja dor, absorvendo a experiência sem rancor, como um aprendizado, como "O Eremita", Arcano IX o faz...
como quem gentil liberta uma ave,
mirando no horizonte o traço do vôo
como dádiva
que nunca mais se repetirá.
que nunca mais se repetirá.
O momento que tivemos,
o que temos, nunca mais se repetirá.
O amor que eu tenho é sempre meu.
A capacidade para o amor
é minha dádiva.
é minha dádiva.
Não existe: - Eu tive um amor...
O amor não se foi com você...
O amor não se foi com ninguém.
Continua dentro do peito o amor,
Por ora com uma dor,
ficou uma cava,
ficou uma cava,
como que uma parte de mim
de repente arrancada
de repente arrancada
que ferida, com o tempo,
ao longo do tempo se curará.
Fiz a despedida
como um ritual interno.
Já era tempo!
Nada mais havia a fazer...
Já havias ido embora de mim,
e te foste sem se dar conta
do que ficou para trás.
Melhor assim...
Um não sofre!
O que ficou mede a curva do tempo
naquele traçado no horizonte.
O outro?
Nem tempo precisará...
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