Sonhei esta também...
FLORESTA CIGANA
Rosemary Amabile
Dançamos alegres, meu povo e eu,
em festa cigana na noite estrelada.
Luminosa fogueira desenhando chamas
ao ritmo crepitante de violinos e risadas.
As carroças em anel à nossa volta,
guardando mistérios de alcova
atrás de belos véus.
Aromas de doces pratos,
de vinhos, e vindos pelo vento
fragrâncias exaladas de flores de jasmins
e damas-da-noite perfumosas
qual nossas mulheres.
qual nossas mulheres.
Minha amada baila e gira maliciosa
as saias sedosas e seus panos,
brande os quadris
como um desafio de espada.
como um desafio de espada.
O arfar dos seios a provocar
a cobiça do toque,
a cobiça do toque,
incita o desejo nas mentes dos homens.
Ah! minha cigana abusa provocante
dos arpejos do corpo
dos arpejos do corpo
no calor da dança cigana.
Arrasta olhos invasores
para os contornos do decote,
a desvendar as formas
querendo mãos, sob os tecidos.
querendo mãos, sob os tecidos.
- Incendiei teus olhos, meu rei cigano,
o fogo que eu queria nesses negros olhos!
Convidei-te com o olhar à minha busca,
a correr pela floresta branca de luz da Lua.
Os sussurros do meu nome,
nos teus lábios me estacaram.
nos teus lábios me estacaram.
E mãos, as tuas se puseram em mim,
trazendo-me pela cintura à tua boca.
Sedentos de beijos sem fim
nos fizemos enamorados loucos.
nos fizemos enamorados loucos.
O desejo vencendo as saias,
vencendo a rudeza do chão
vencendo a rudeza do chão
te fizeste homem em mim,
quase animal, quase anjo,
quase animal, quase anjo,
tua virilidade qual chibata,
a ordenar meu querer,
e Rainha Cigana, por desejar escrava sou.
a ordenar meu querer,
e Rainha Cigana, por desejar escrava sou.
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