Poetas... choram mas também maldizem!
Quem disse que o meu ACEITO
é tão resignado?
é tão resignado?
ACEITO
Rosemary Amabile
Sucumbi à vontade não maior,
não melhor do que a minha.
Sucumbi à tua falta de vontade!
Desisti dos motivos
que só me levaram
à falta de felicidade.
à falta de felicidade.
Quem me acusar não sabe
da honra desse amor no peito
da grandeza desses sonhos da alma.
Sonhos que plantaste,
Não podes te escusar a isso!
Por teus equívocos e desequilíbrios
te achaste no direito
de sujeitar meus sentimentos.
de sujeitar meus sentimentos.
Erro agora por desistir?
O quanto tem me custado tentar
é além da medida do bom senso
Eu o sei.
Erraste tu pelo descaso
à dignidade de quem tu já conhecias.
Por saber-te covarde, fraco,
para assumir a meta pretendida.
Quem semeia vento,
colhe tempestade!
colhe tempestade!
Não terás abrigo!
Com minha dor o profetizo!
O Dono do Tempo cobra,
Saturno é duro e rígido.
Saturno é duro e rígido.
Marte é bravo guerreiro,
a guerra te será mestra!
a guerra te será mestra!
Netuno te afogará
no mar da tua própria aflição!
no mar da tua própria aflição!
Plutão te provará com o Hades
que espalhas nos corações.
que espalhas nos corações.
Não recuarei,
não volverei o olhar a Sodoma
ou Gomorra.
não volverei o olhar a Sodoma
ou Gomorra.
Não me tornarei em estátua de sal.
Tenho agudos motivos
para não pensar-te mais.
para não pensar-te mais.
Fizeste um bom trabalho
em desmerecer tua imagem.
em desmerecer tua imagem.
Se conselho te chegar aos ouvidos
Não faças disso mais.
Sê homem, mantém-te
e cuida das tuas escolhas.
e cuida das tuas escolhas.
Não se pisa
caminhos opostos ao mesmo passo
caminhos opostos ao mesmo passo
sem rasgar as pernas!
Não me prendo mais, vôo liberta,
sacudo o pó das sandálias,
não levo nada...
não levo nada...
Nada quero julgado bom
ou ruim neste momento,
ou ruim neste momento,
o Tempo o mostrará depois...-
Deus sabe de todos os corações.
Mais visões, Peixes no Ascendente dá nisso...
MONJA ou Arcano II,
“A Sacerdotisa”
Rosemary Amabile
dentro do Templo,
desde imemoráveis épocas
me tenho reclusa.
me tenho reclusa.
Repetidas vezes, por vocação
ou por imposição, me vi reclusa,
encarcerada sem culpa.
Vi-me à margem da vida,
À margem dos regalos
e dores das mulheres.
e dores das mulheres.
Não importa se desejos
se assomam às minhas saias,
aos meus seios
carentes de mãos e beijos.
carentes de mãos e beijos.
Confinada, confinada, confinada.
Entre livros,
emparedada entre cortinas
emparedada entre cortinas
que me fecham à vista da vida lá fora
Oh! Dor de solidão de abraços,
solidão de murmúrios de amor,
solidão sob lençóis frios,
tão lisos, ordenados.
tão lisos, ordenados.
Oh! Paredes mudas!
Houve um tempo, um hiato
na vida que há tanto tempo levo,
um homem me amou e me enlevou.
Arrancou-me gemidos de prazer,
e pôs um filho em meu ventre,
que arrancou-me dos braços depois.
Depois, por muito tempo gemi,
de dor e rangi os dentes,
sem quem a advogar minha causa,
de sofrer cansei, e em vida morri.
Desisti e continuei em solidão,
entre paredes... portas... cortinas...
* Este Arcano do Tarô apareceu durante a segunda parte da Idade Média, chamado “A Papisa”, “A Abadessa”. Depois, “A Suma Sacerdotisa”, a “Grã-Sacerdotisa”, “Porta do Santuário”. Esotericamente é “A Senhora da Eternidade” e também “A Sacerdotisa da Estrela Prateada”.
A vida dedicada aos mistérios normalmente exige reservas, privacidade, muitas vezes em algumas escolas ou organizações, privação, nem sempre escolhidas voluntaria ou permanentemente.
A vida dedicada aos mistérios normalmente exige reservas, privacidade, muitas vezes em algumas escolas ou organizações, privação, nem sempre escolhidas voluntaria ou permanentemente.
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